Verdes, cor-de-rosa, aneladas, desenhadas. De elas se diz que têm relações consigo mesmas e vêmo-las no espasmo.
Ou rígidas como um dedo conseguem beber na fonte das rosas. São aparentadas com as rosas, o alecrim? e a pereira.
Consideram-nas apenas sonhos, representação dos pecados dos homens.
Mas eu, em miúda, à luz do sol e da lua, acredito nelas, sei que realmente existem.
Vi-as abrir os lábios, negros como a noite, a dentadura de ouro, atrás de uma amêndoa, um pedacinho de abóbora;
enfrentar a própria linha, brincando e brigando; e sozinha no amor, retorcer-se até morrer.
[marosa di giorgio]
Mas eu, em miúda, à luz do sol e da lua, acredito nelas, sei que realmente existem.
Vi-as abrir os lábios, negros como a noite, a dentadura de ouro, atrás de uma amêndoa, um pedacinho de abóbora;
enfrentar a própria linha, brincando e brigando; e sozinha no amor, retorcer-se até morrer.
[marosa di giorgio]
Sem comentários:
Enviar um comentário