Com Rimbaud no colo
segunda-feira, 6 de outubro de 2014
Na há mão no campo minado que trago comigo
Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.
Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.
[Eugénio de Andrade]
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