domingo, 8 de junho de 2014
Nunca aceitaste o convite
8./
prometo-te que uma noite voltarei, sem bússola, regressarei com o lume do rio a guiar-me, e os olhos pousarão nos teus olhos este frémito de águas. acredito nas ruas que existem por detrás dos óculos dos marinheiros, onde descansa um barco e tu foges. não acredito em ti. um fio de água enforca-nos. foi então que resolveste prosseguir viagem sozinho, com a tua adolescência um pouco ferida,. eu acreditei no fogo e no silêncio que, de manhã, lavam os corpos, tornando-os de novo navegáveis. esperei, ainda te espero. ando por aí a mariscar, com os nativos, escondendo do mundo a tristeza que me devora o corpo.
[al berto]
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