[Rui Pedro Gonçalves]
sexta-feira, 24 de julho de 2015
Arfando um azedo ruído caído
o tempo insiste
em arrastar móveis pesados
há sempre um piano
que não passa na porta
notas suspensas
cordas frágeis
que sempre ruem
antes que o piano toque a rua
em áspero ruído
em arrastar móveis pesados
há sempre um piano
que não passa na porta
notas suspensas
cordas frágeis
que sempre ruem
antes que o piano toque a rua
em áspero ruído
[Nydia Bonetti]
sábado, 18 de julho de 2015
Amo como o sopro. Porque vos obceca o tangível?

[Maria Velho da Costa/Brassaï, Modernist Study of a Dancer Reclining]
sexta-feira, 17 de julho de 2015
Equador
mais tarde
sentiria a dor da terra seca
havia de ouvir o cinzel do tempo
e experimentar o arrepio
da fusão lenta dos espelhos
que estranho fogo nos queima
quando da solidão suprema
se ergue o chão de todas as coisas
e exangues de saudade e medo
aí deixamos o amor
todo o amor
com a violenta ternura
do que é eterno
quanto mais se pode dar
a quem um dia nos cruzou o coração
como um equador
de vida e paixão?
[gil t.sousa]
da fusão lenta dos espelhos
que estranho fogo nos queima
quando da solidão suprema
se ergue o chão de todas as coisas
e exangues de saudade e medo
aí deixamos o amor
todo o amor
com a violenta ternura
do que é eterno
quanto mais se pode dar
a quem um dia nos cruzou o coração
como um equador
de vida e paixão?
[gil t.sousa]
Como vês, ninguém de ti se há-de lembrar
Um corpo ergue torres
na noite para o mar.
O vento das rochas, o sal,
cobrem-lhe a cabeça escurecida.
No feixe dos desejos pousa
o corvo, nos giestais ao
levantar voo faz-se lume.
O que vem de estar
frente ao amor,
com medo do amor.
[Fernando Luís]
Mata-me de novo, só mais um bocadinho
i know a man
who photographed the view he saw
from the window of the room where he made love
and not the face of the woman he loved there.
who photographed the view he saw
from the window of the room where he made love
and not the face of the woman he loved there.
[yehuda amichai]
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