domingo, 4 de maio de 2014

E na humildade deixo um rasto de sangue


Humildemente teço minhas palavras gratas
sobre a bela ferocidade
da carne, ergo minha taça,
ouço o oculto rumorejar da fonte.
Humildemente dissipo a solidão, aceito vosso apelo de esperma,
mereço a poesia.
─  Humildemente repudio a morte.
[Herberto Helder]

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